quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Procuradores da Lava Jato queriam operação contra Ciro


 

Trechos inéditos de diálogos entre procuradores da Lava Jato publicados nesta terça-feira, 25, pela revista Carta Capital revelam que o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) foi alvo de conversas entre integrantes da Lava Jato que tentavam procurar indícios contra o ex-governador.

Segundo a publicação, procuradores da força-tarefa miravam o pedetista e seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE). Além dos irmãos Ferreira Gomes, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido-RJ) e o jornalista Márcio Chaer, crítico da operação, também foram alvos de conversas dos integrantes da força-tarefa, chamados, respectivamente, de "fdp" e "pilantra".

Os diálogos fazem parte do caso que ficou conhecido como Vaza Jato, vazamento de diálogos entre procuradores e o então juiz Sérgio Moro tratando sobre assuntos da operação. De acordo com a reportagem, em 13 de janeiro de 2019, no grupo chamado "Filhos do Januário 4", a procuradora Laura Tessler enviou uma mensagem perguntando se havia algo que pudesse ser usado contra Ciro no que fora coletado pelas investigações.

Procurado pela revista, Ciro disse que os diálogos são "mais uma prova de que a organização criminosa comandada por Moro e Dallagnol transformou a estrutura da Justiça em um covil de milicianos". O pré-candidato mencionou a operação da qual ele e o irmão foram alvo em dezembro do ano passado, para investigar um suposto esquema de fraude e pagamento de propina durante obras do estádio Castelão, em Fortaleza, entre 2010 e 2013.

"O tempo está servindo para desmascarar este método nefasto, mas seus efeitos, infelizmente, ainda vão perdurar. A operação abusiva que sofri recentemente é um reflexo tardio deste lavajatismo que ainda sobrevive", completou.


Fonte: O Povo

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