quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Gabinete do ódio busca comprar nova ferramenta espiã intitulada DarkMatter.


As maiores empresas da aviação mundial estavam reunidas na feira aeroespacial conhecida como Dubai AirShow quando, no dia 14 de novembro, um domingo, um integrante do chamado "gabinete do ódio" entrou no stand de Israel, que funcionou pelo primeiro ano no local, com o interesse de municiar o grupo paralelo com uma poderosa ferramenta espiã, para ser usada, em especial, neste ano eleitoral.

"Gabinete do ódio" é o nome dado a um grupo de assessores que trabalham no Palácio do Planalto com foco nas redes sociais, inclusive na gestão de páginas de apoio à família Bolsonaro que difundem desinformação e atacam adversários políticos do presidente.

A visita não ocorreu por acaso. A presença israelense na feira apenas foi possível depois da normalização das relações entre os Emirados Árabes Unidos e Israel, um ano antes. Assim, o Dubai AirShow acabou se transformando em palco da tecnologia israelense.

O evento ainda foi usado para consolidar a aproximação entre movimentos de extrema-direita do mundo. Além do Brasil, o governo populista da Polônia manteve encontros com empresas de Israel e, nas últimas semanas, Varsóvia anunciou acordos como resultado dos contatos realizados em Dubai.

A DarkMatter Composta, em sua maioria, por programadores israelenses egressos da Unidade 8200, força de hackers de elite vinculada ao exército de Israel, a companhia com sede em Abu Dhabi desenvolveu sistemas capazes de invadir computadores e celulares de alvos, inclusive desligados.

Fontes ligadas ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e à Abin (Agência Brasileira de Inteligência) afirmaram que, em outra frente, o "gabinete do ódio" tem mantido conversas em paralelo com a empresa Polus Tech com o objetivo também de obter programas espiões. Com sede na Suíça, a Polus Tech tem como CEO o programador israelense Niv Karmi, um dos fundadores da NSO Group, empresa dona da poderosa ferramenta espiã Pegasus (Niv é o "N" da sigla NSO).

"Infecção tática" Especialistas do setor indicam que uma das técnicas oferecidas pela empresa é a "infecção tática" de celulares. A tecnologia desenvolvida pela companhia permite a quem detém o software ter acesso ao celular e a todo seu conteúdo quando o aparelho se conecta a uma rede —tudo isso sem o dono do smartphone saber.

Fonte: UOL



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário