quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Convite a deputado movimenta Tucanos!

A notícia de que o Dep.Gony Arruda poderá ser convidado pelo Governador Cid Gomes para secretaria de esportes movimentou os bastidores do último dia de atividades do Legislativo Estadual.

Em conversa com o Dep. Marcos Cals obtive ciência que a direção do PSDB não aceitará que o Deputado Gony ou qualquer membro do partido participe de qualquer escalão do governo Cid Gomes, do qual o PSDB fará oposição. Marcos Cals também afirmou não acreditar no convite feito ao Dep. Gony achando ser um balão de ensaio para tumultuar a bancada e os suplentes que poderiam ser beneficiados.

Por falar em suplente! O Dep. Cirilo Pimenta mostrou-se interessado na possibilidade de passar a ser o primeiro suplente, já que com a provável ida do Dep. Gony para o staff do Governo, o Dep. Professor Teodoro assumiria sua cadeira.

Já o Dep. Tomás Figueiredo acha que tal decisão da executiva deverá ter a aprovação das principais lideranças tucanas, que anteriormente seguiam passivamente a posição do Sen. Tasso Jereissati, que se afastou do comando do partido no Ceará.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bispo de Limoeiro recusa comenda do Senado durante sessão solene.

“Uma solenidade de entrega de comenda no Senado terminou em constrangimento para os parlamentares que estavam em plenário. Em protesto contra o reajuste de 61,8% concedido a deputados e senadores na semana passada, o bispo emérito de Limoeiro do Norte (CE), dom Manuel Edmilson Cruz, recusou-se a receber a Comenda dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara.

Em discurso, ele destacou a realidade da população mais carente, obrigada a enfrentar as filas dos hospitais da rede pública. “Não são raros os casos de pacientes que morreram de tanto esperar o tratamento de doença grave, por exemplo, de câncer, marcado para um e até para dois anos após a consulta.

Ao recusar a comenda, o bispo foi taxativo: “A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. De seguro, sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la”. Nesse momento, quando a sessão era presidida por Inácio Arruda (PCdoB-CE), autor da homenagem, o público aplaudiu a decisão.

Após a recusa formal, o bispo cearense acrescentou que “ela é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte para o bem de todos com o suor de seu rosto e a dignidade de seu trabalho”. Ele acrescentou que o reajuste dos parlamentares deve guardar sempre “a mesma proporção que o aumento do salário mínimo e o da aposentadoria”.

OBS: É o bispo tem razão ,agora tinha que fazer uma desfeita desta durante a homenagem? Por que não se recusou a receber a tal comenda antes?

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Deputado quer proibir que ficha suja assuma cargo comissionado.

O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) está colhendo assinaturas para apresentar uma emenda à Carta Estadual proibindo que “ficah suja” possa assumir função comissionada no âmbito dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciáro e do Ministério Pùblico Estadual. Para ele, é incompatível que alguém sob acusação de algum tipo de delito ou sob investigação possa ter direito a ocupar funçãode confiança. Isso fere o espírito da cidadania e da ética, conforme o parlamentar.

Heitor Férrer disse para o Blog que já conseguiu 10 das 16 assinaturas necessárias para apresentar a emenda. Já tem o aval dos deputados Moésio Loyola (PSDB), Sérgio Aguiar (PSB), Welington Landim (PSB), Adail Barreto (PR), Edson Silva (PSB), Ronaldo Martins (PMDB), João Ananias (PCdoB), Tomás Figueiredo (PSDB) e Marcos Cals (PSDB);

Nesta quarta-feira, o pedetista disse que vai tentar as assinaturas restantes. Ele confessa: quer barrar gente envolvida em escândalos nos últimos meses

OBS: É de atitudes como esta do Dep. Heitor Ferrer que o parlamento precisa.

domingo, 12 de dezembro de 2010

A jogatina oficializada vem ai.

Elio Gaspari


Na noite de quarta-feira o plenário da Câmara abriu o caminho para a legalização da tavolagem. Aprovou o regime de urgência para a votação do projeto dos bingos, que deverá ocorrer nesta terça-feira.

Com o apoio de uma parte do PSDB e do DEM, a bancada governista garantiu 258 votos, um acima do necessário.

Na votação desta semana, poderão aprovar o projeto com muito menos, até com 129.

O PT assumiu uma posição interessante. Ficou a favor do pedido de urgência, mas anunciou que é contra a iniciativa. Algo como dizer o seguinte: “Nós ajudamos no mais difícil, que é abrir o cofre; depois, é com vocês.”

O incentivo à tavolagem não foi o último ato da atual legislatura, mas o primeiro de uma nova era. Com ou sem “graninha”, o principal projeto da maioria governista será uma reforma política que institua o voto de lista, pelo qual os eleitores perdem a prerrogativa de escolher nominalmente seus candidatos a deputado.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ideli Salvatti é a nova relatora-geral do Orçamento

“A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) é a nova relatora-geral do Orçamento da União para 2001, anunciou nesta terça-feira o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Waldemir Moka (PMDB-MS). Ideli, que é a líder do governo no Congresso, assume o cargo após renúncia do senador Gim Argello (PTB-DF), suspeito de apresentar emendas com recursos orçamentários para eventos na área de Cultura patrocinados por entidades fantasmas.


Argello apresentou na tarde desta terça-feira uma carta renunciando à relatoria do Orçamento da União de 2011 e da sua vaga de titular na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.

Em entrevista ao GLOBO, o senador negou que esteja com medo de ser investigado.

- Não é uma confissão de culpa. Não estou com medo de ser investigado. Agora, quem vai cobrar explicações sou eu. Eu quis ficar mais solto para ser o fiscal dessa Comissão de Orçamento – disse Gim Argello, negando também que tenha saído rápido demais por não aguentar a pressão


Argello apresentou ao Orçamento de 2011 emendas com recursos orçamentários para eventos na área de Cultura patrocinados por entidades fantasmas. Na segunda-feira, Argello anunciou que suspenderia suas emendas e alegou que não é função do parlamentar fiscalizar as entidades.


Sua substituição na relatoria do Orçamento foi negociada pelo governo, que temia que as suspeitas sobre o relator prejudicassem a votação da peça orçamentária do ano que vem. A previsão é de que a votação final ocorra entre os dias 20 e 22.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Inácio Arruda é o novo relator da Comissão Mista de Orçamento.


 Senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) será o substituto do senador Gim Argello (PTB-DF) como relator da Comissão Mista de Orçamento. O líder do PTB no Senado decidiu renunciar em decisão formalizada por carta ao presidente da comissão, deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), como revelou este site com exclusividade às 17h30, e o objetivo do gesto, segundo ele, seria não dar pretexto à oposição para criar uma nova crise e boicotar a votação do orçamento. Ele também se desligou da comissão. Gim Argello tem sido alvo de denúncias de favorecimento de um esquema de entidades fantasmas, sobretudo ONGs, para a transferência de recursos do orçamento para o financiamento de projetos e eventos culturais e turísticos, inclusive com a utilização de documentos falsos e "laranjas". As denúncias contra o senador - que é amigo pessoal da presidenta eleita Dilma Rousseff - têm sido publicadas em reportagens do jornal O Estado de S. Paulo, que inclusive entrevistou integrantes do esquema. Além de Gim Argello, estariam envolvidos diversos parlamentares, que pressionariam órgãos públicos federais a liberar recursos para essas entidades. Pela manhã, o senador havia decidido solicitar que a inidoneidade dessas entidades seja investigada pelo Ministério Público federal, o Tribunal de Contas da União e a Corregedoria Geral da União

OBS: O Senador Inácio Arruda agora vai realmente dizer para que veio. Será um bom teste para seu mandato, que até agora deixa muito a desejar!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dilma abre espaço para Lula.

Neste mes de dezembro – último do mandato de Lula e véspera da posse de Dilma Rousseff – o noticiário tem sido muito mais voltado para o presidente que sai do que para a presidente que vai tomar posse. A cada dia, Lula faz um, dois ou até três pronunciamentos; Dilma, ao contrário, está recolhida e prefere que assessores anunciem os nomes dos ministros que está escolhendo.

É uma questão de estilo pessoal. Lula gosta de falar e está gostando mais ainda nesta reta final de seus dois mandatos. Dilma, pelo menos por enquanto, não é dada a discursos e prefere agir a falar. Mas, em particular neste dezembro, tem feito questão de abrir o espaço para o padrinho Lula.

– Este é o momento dele – disse Dilma a um assessor que gostaria de vê-la anunciando ministros e falando mais à imprensa, referindo-se ao período de despedidas do presidente Lula.

Dilma havia anunciado que daria um entrevista coletiva no começo do mes, mas acabou adiando a idéia pelo menos até terminar de montar a equipe ministerial. Desde a abertura das urnas, Dilma tem preferido ficar mais recolhida – fez um pronunciamento apenas, o da vitória, e depois uma palavra de agradecimento ao PT pelo empenho em sua campanha.

Dois estilos distintos, até agora. Esperar para ver como será Lula ex-presidente, se vai ou não manter o estilo falante; e como será Dilma presidente, mais recolhida como agora ou se vai seguir Lula e se tornar mais falante.

Exército tem plano para todo Brasil.

A experiência dos militares brasileiros no Haiti será crucial ao trabalho que o Exército fará nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio. Com base no que as tropas vivenciam e nas informações do setor de inteligência, o Exército montou um plano de ação para todos os Estados brasileiros. Se forem acionados, saberão o que fazer e como fazer.

É o que dizem dois ex-comandantes de tropa no Haiti, o general Augusto Heleno e o coronel da reserva Barroso Magno.

"O Exército tem um plano de atuação para apoio ao governo do Estado do Rio e a todos os Estados. Chama-se Plano de Segurança Integrada e é realizado para a contingência da Constituição, nas situações de Garantia da Lei e da Ordem", explica Magno, comandante do 6.º contingente brasileiro na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

De acordo com o coronel, responsável pela pacificação de uma das favelas mais violentas do país caribenho, a Cité Soleil, o Exército atualiza as informações do plano anualmente.

Com a experiência de quem foi o primeiro militar a comandar as tropas brasileiras na Minustah, o general Heleno é enfático em observar que a pacificação do Haiti só aconteceu depois que os militares entenderam que era preciso fixar bases dentro das favelas.

Chamadas de Ponto Forte, delas partiam as ações de combate e também as ações de cidadania, uma estrutura muito parecida como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio.

(...)

Calejados na execução da Garantia da Lei e da Ordem, Heleno e Magno aplaudiram a decisão do Exército em apoiar as ações no Rio. Os dois, no entanto, apontam para a necessidade de se reestruturar a forma política das próximas ações.

"O Exército é um vetor da sociedade que não pode deixar de participar de uma situação extrema de defesa da sociedade. Nós chegamos ao fundo do poço. Não há motivo, seja ele jurídico ou moral, que diga que não é a hora do Exército", afirma Magno, acompanhado por Heleno.

"A situação que foi criada não permitia nenhuma análise sobre amparo legal, sobre se aquela era a melhor maneira de atuar. A coisa foi tão rápida que as análises ficaram para depois. O importante ali era não negar um apoio que era altamente necessário em prol de uma causa que não podia ser adiada."