sexta-feira, 8 de abril de 2011

para que serve um deputado federal?

Outro dia, o deputado federal Romário (PSB-RJ), eleito com 146.859 votos, admitiu que estava "amarradão" na política, e antecipou, profético: "Ainda ouvirão falar muito de mim".

Falaram quando ele faltou à primeira sessão da Câmara para bater uma bolinha na Barra da Tijuca, no Rio.

Certamente voltarão a falar quando souberem que ele convenceu seu colega Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara dos Deputados, a viajar por conta dos contribuintes para assistir ao jogo Barcelona x Real Madri, no próximo dia 16.

Está tudo pronto para que eles viajem - Romário, Maia, Vinícius, um dos filhos de Maia, Nazur Garcia e Lúcio Reiner, assessores de Maia.

A viagem será rápida - entre os dias 14 e 17.

No vôo 0710 da empresa Transportes Aéreos Portugueses (TAP), eles chegarão às 9h02 do dia 14, uma quinta-feira, no terminal 2 do aeroporto de Barajas, em Madri.

Assistirão ao jogo no estádio Santiago Bernabeu.

Retornarão às 20h45 do dia 17 pelo mesmo terminal no vôo 0721 da TAP.

Antes de retornarem, se reunirão com Jose Bono Martinez, do Partido Socialista Espanhol (PSOL), ex-ministro da Defesa entre 2002 e 2004, atual presidente da Câmara dos Deputados de lá.

A reunião com Martinez será o motivo oficial da viagem.

A embaixada da Espanha, em Brasília, foi avisada sobre a viagem da comitiva. E está tomando as providências necessárias para que tudo corra bem

Onde nossos filhos estão seguros?

O maior crime do maluco que matou 11 crianças e feriu 18 no Rio de Janeiro foi o de ter injetado realidade no faz-de-conta nacional.


O assassino inesperado conspurcou o último templo sagrado da classe média: a escola, espécie de reserva ambiental urbana (no vídeo acima, o instante em que o atirador entrou na sala de aula).

Ao disparar dois revolveres contra alunos da escola que já frequentara, o jovem sem antecedentes criminais criou a neochacina, uma tragédia inclusiva.

Vem daí, sobretudo, o frêmito de horror que eletrifica a nação. Isso era coisa de filme, era coisa de birutas norte-americanos, era coisa de Primeiro Mundo.

As chacinas brasileiras só ocorriam nos fundões da periferia. Os mortos eram estatísticas que a rotina confinou no rodapé das páginas de jornal.

O sangue que escorre na escola pública de Realengo é diferente. Poderia manchar o piso de escolas chiques de Higienópolis, de Ipanema, do Plano Piloto.

Nas velhas chacinas, o país assistia ao genocídio em conta-gotas como uma espécie de processo de auto-regulação da criminalidade e da pobreza.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Vem ai a CPI dos Pardais.

O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) fez um apelo ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT), para que dê prioridade na abertura da CPI dos Pardais, que irá investigar a suposta existência de uma máfia dos radares eletrônicos de velocidade. “O apelo que faço é pela cidadania, pelos parlamentares que vieram me pedir por essa CPI e assinaram. Em dois dias, recolhi 206 assinaturas”, disse. O presidente da Casa, que é do Rio Grande do Sul – origem das denúncias divulgadas pelo Fantástico - disse que ontem mesmo, ao receber o requerimento, “nós o encaminhamos à assessoria técnica para que fosse feita a conferência das assinaturas e pedimos que fizessem o parecer”. Segundo ele, assim que tiver o resultado das análises que precisam ser feitas, o requerimento será encaminhado aos partidos para que indiquem os membros da CPI

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vice-presidente é alvo de inquérito no STF! Eu já sabia.

Investigado por envolvimento em um suposto caso de corrupção no porto de Santos, o vice-presidente Michel Temer não respondeu a dois ofícios enviados pela Polícia Federal no ano passado.


A Folha revelou ontem que tramita um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal), desde 28 de fevereiro, em que Temer é investigado sob a acusação de receber propina de empresas detentoras de contratos da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), que administra o porto.

Os pagamentos, segundo o inquérito, ocorreram na gestão de Marcelo de Azeredo (1995-1998), investigado conjuntamente com o vice, e indicado para o cargo pelo PMDB paulista. Os ofícios da PF pediam que o então presidente da Câmara prestasse esclarecimentos.

No inquérito, consta um ofício datado de 7 de janeiro de 2010, assinado pelo delegado Cassio Nogueira, da PF em Santos, destinado a Temer. No documento, o delegado solicita que ele escolha dia, horário e local para prestar depoimento.

Diante da ausência de resposta, o pedido foi reiterado em 14 de julho, tendo como destinatário o gabinete da Presidência da Câmara. O pedido era o mesmo: Temer, pelas prerrogativas do cargo, poderia escolher quando e onde responderia às perguntas da polícia.

O já candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT) não respondeu nem acusou recebimento.