quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Generais do Exército rejeitam crise da vacina e tentam isolar Bolsonaro


Generais do Alto Comando do Exército revelaram, sob anonimato, ao jornal Folha de S.Paulo, que o incômodo do presidente Jair Bolsonaro (PL) com diretrizes básicas para a pandemia não provocou sequer uma minicrise entre os militares e o governo. Segundo eles, o documento produzido pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, foi uma peça burocrática, sem motivo para abalar a relação de Bolsonaro com o comando da Força.

Na semana passada, Bolsonaro pressionou o Comando do Exército para que houvesse um esclarecimento sobre a diretriz de Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que regulava o retorno ao trabalho presencial da tropa com um “sinal verde” para militares já vacinados.

O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, teria entrado em jogo para mediar esse mal-estar entre governo e militares. O Exército chegou a cogitar a divulgação de uma nota de esclarecimento, uma possibilidade que acabou não se concretizando. De acordo com os militares ouvidos pela Folha, não houve exigência para a elaboração de um nota pública.

Segundo o jornal, a ideia acabou sendo abortada, pelo menos momentaneamente, pois uma nota alimentaria uma crise que, para os generais do Alto Comando, não existia e nem deveria existir.

No último sábado, 8, Bolsonaro disse que tinha se encontrado com o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e que estava “tudo resolvido”. Ele negou que tenha pedido alterações no documento divulgado pelo Exército com a recomendação de vacinação.

O Comando do Exército não recuou um milímetro, apesar de pressões do presidente, da recomendação para que os militares da Força retornem ao trabalho presencial somente 15 dias depois de tomarem a segunda dose da vacina contra a covid-19.

Fonte: O Povo


 

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