quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Itamar incomoda em uma sessão que o governo fez barba, cabelo e bigode.

Numa sessão crivada de ironias, Itamar Franco (PPS-MG) tornou-se destaque da fase de encaminhamento da votação do projeto do salário mínimo.


Questionou José Sarney sobre o ritmo de toque de caixa. Acha que, na pressa, a maioria governista atropelou o regimento. Presidente, Sarney deu de ombros.

Único senador do PPS, líder de si mesmo, Itamar fustigou então o relator do projeto oficial, Romero Jucá (PMDB-RR).

Pediu a Jucá que discriminasse, à luz da Constituição, como o trabalhador deveria empregar os R$ 545 que o governo oferece.

Itamar foi específico. Quanto vai para moradia? Quando para alimentação? E para transporte? E o vestuário?...

Jucá disse que caberia às famílias decidir. Itamar não se deu por achado. Recordou uma pergunta feita ao ex-presidente João Figueiredo.

O que faria se ganhasse o salário mínimo?,um repórter perguntou ao general-presidente. Itamar quis saber de Jucá se lembrava da resposta de Figueiredo.

E Jucá: "Lembro. Disse que daria um tiro na cabeça”.

OPINIÃO DO BLOGUEIRO: Bom conselho para o cidadão brasileiro que tem como governantes deputados e senadores que na sua maioria são  desonestos, asquerosos, fisiologistas e subservientes e exploradores destes mesmos cidadãos que são obrigados a viver com um salário mínimo miserável, mas que já foi pior.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Passagem de ônibus sobe para R$ 2,00.

O valor da passagem de ônibus em Fortaleza será de R$2,00. E a meia sobe de R$0,90 para R$1. O reajuste foi definido na tarde desta quarta-feira (23), após reunião da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) e empresários do setor. O novo valor entra em vigor no dia 6 de março.


Ficou definida pelas entidades a criação da Hora Social. Trata-se de uma taxa especial que será cobrada, diariamente, no período de 9h às 10h e de 15h às 16h. Nestes horários, o valor da passagem de ônibus será de R$1,80 a inteira e R$0,90 a meia.

OPINIÃO DO BLOGUEIRO: Metade da população da nossa capital é pobre ou abaixo da linha da pobreza, por isso qualquer aumento que atinja a renda familiar mesmo que seja de centavos trás grandes dificuldades para quem só sofre nestes pais, que tem de pagar mais caro pelo péssimo serviço ofertado pelo sindionibus que possui uma frota velha sem ar condicionado em uma cidade encravada no semi árido com temperaturas escaldantes com um transito travado alem de suportar o desrespeito dos motoristas que não respeitam passageiros pela forma brusca como conduzem os coletivos tratando os passageiros como mercadoria ou animais. Soma-se a isso a insegurança dentro destes coletivos que são alvos constantes de assaltantes que humilham amedontram e matam passageiros que dependem deste deplorável sistema de transporte publico da nossa capital.

A reforma que todos querem fazer e nunca acontece.

José Sarney (PMDB-AP) instala nesta terça (22) a comissão que vai redigir a proposta de reforma política do Senado.


É composta de 15 senadores. Presidirá os trabalhos Francisco Dornelles (PP-RJ). O prazo para o encerramento é de 45 dias.

Instalada sob pompa, no plenário do Senado, o principal desafio da comissão será o de não tropeçar nas circunstâncias.

Na pauta desde 1988, ano em que o Brasil deslizou da ditadura para a democracia, a reforma política frequenta o cenário como projeto à espera de realização.

Produziram-se inúmeros remendos legislativos, jamais uma reforma digna do nome. Por quê? Primeiro porque a corporação não legisla senão em causa própria.

Segundo porque a matéria suscita polêmicas que fazem do consenso uma utopia irrealizável. Tenta-se agora aproveitar a atmosfera "recomeço" proporcionada pela posse de Dilma Rousseff.

Afora as complicações usuais, há um entrave adicional: o Senado vai à mesa dissociado da Câmara. Os deputados terão sua própria comissão, com 40 cabeças.

Marco Maia (PT-RS), o mandachuva da Câmara, tentou convencer Sarney, o morubixaba do Senado, a reunir esforços. Não conseguiu.

Um grupo de congressistas pôs-se a articular a constituição de uma frente mista, com deputados e senadores. Sem sucesso, por ora.

Sarney apressou-se em informar que é contra:
“Aí se torna muito mais difícil. É uma frente com mais de cem membros, com mais 30 senadores. Nós voltaremos à estaca zero”.

O problema é que trabalho a existência de dois foros –um no Senado, outro na Câmara— tampouco livra o Congresso do risco do retorno à “estaca zero”.

No final das contas, as propostas terão de ser submetidas ao plenário das duas Casas legisaltivas. Ou conquista-se a maioria ou chega-se a um novo malogro.




OPINIÃO DO BLOGUEIRO: Começou a fogueira de vaidades desses nossos políticos atrasados e egoístas; são os presidentes das duas casas legislativas do nosso país, brigando para ser pai da reforma das reformas que poderia permitir que tivéssemos casas legislativas e governos eleitos com lisura em um processo eleitoral em que a vontade do eleitor perdurasse acima do sistema e de engodos eleitorais. É um sonho do eleitor brasileiro que todo mundo diz que é prioritário, mas que já nos primeiros momentos, como vimos na matéria acima, a discórdia e a disputa entre as duas casas iniciou-se, quando se esperava a criação de uma comissão mista das duas casas começa uma disputa entre comissões. Já é um demonstrativo de que não teremos reforma alguma a menos que a nova legislação eleitoral só entre em vigor daqui a vinte anos quando os Srs. deputados e senadores não sejam diretamente prejudicados nos seus interesses eleitorais e se estabeleça a reforma através de emenda constitucional.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lei da Ficha Limpa em risco.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, afirmou nesta sexta-feira (18) durante passagem por Recife que o futuro da Lei da Ficha Limpa é uma "incógnita". Entretanto, afirmou que “seja qual for esse destino, a Lei da Ficha Limpa é uma ideia que veio para ficar”.


A votação sobre a validade da lei nas eleições de 2010 acabou empatada, no Supremo Tribunal Federal (STF), em 5 votos a 5, e um dispositivo regimental do Tribunal foi usado para o desempate no caso de Jader Barbalho. Ele foi barrado por ter renunciado ao cargo de senador, em 2001, para escapar de um processo de cassação por quebra de decoro.

Lewandowski também disse que, em sua opinião, a vaga deixada por parlamentares deve ser suprida pela ordem de votos da coligação, e não do partido. “Embora as coligações se desfaçam após as eleições, os efeitos delas se projetam no tempo”, afirmou. Ao julgar uma liminar no fim do ano passado, o STF entendeu que a vaga deve ser ocupada pelo primeiro suplente do partido e não da coligação.

O presidente do TSE também afirmou que os assuntos polêmicos, no STF, só serão resolvidos após o dia 3 de março, com a posse de Luiz Fux. “O ministro Cezar Peluso deixará todos os temas polêmicos para decidir com o plenário completo”.

OPINIÃO DO BLOGUEIRO: É uma lei clara, exige que os nossos representantes tenham uma ficha limpa para se eleger, como um zelador que para limpar o congresso tem que tirar uma folha corrida para cuidar  dos gabinetes de muitos deputados e senadores que não conseguiriam nem um emprego de zelador, pois não teriam ficha corrida limpa para conseguir um trabalho em uma empresa privada. Foi a lei mais republicana aprovada no congresso desde a Constituição de 1988, que precisa ser preservada para permitir que se mantenha viva a esperança de que um dia teremos representantes dignos.

(Correio Braziliense)

A ditadura da maioria.

Entende-se que o governo queira por meio de maioria controlar o Congresso. Foge ao preceito republicano da independência entre os Poderes, mas é do jogo do poder.


O que não se pode compreender e muito menos aceitar é que isso seja feito por meio de inconstitucionalidades embutidas em um projeto de lei. Inaceitável, tampouco, é que o Congresso seja tão submisso ao Executivo que se deixe usurpar em suas prerrogativas e ainda defenda ardentemente o direito do Palácio do Planalto de fazê-lo ao arrepio da Constituição.

Aconteceu anteontem na aprovação do novo salário mínimo na Câmara: a despeito da tentativa do deputado Roberto Freire (PPS) de impedir a iniquidade, foi aprovado um dispositivo do projeto de lei que retira do Congresso a discussão do valor do mínimo até o fim do mandato de Dilma Rousseff.

O truque é o seguinte: fica estabelecido que conforme a política para o salário mínimo até 2014, os parâmetros para se chegar à proposta do governo são aqueles acertados com as centrais sindicais em 2007 - PIB dos dois anos anteriores mais a inflação do período -, sendo o valor fixado por decreto ano a ano.

Bastante simples de compreender qual a consequência, pois não? Pois suas excelências integrantes da maioria governista (e também da oposição que não ajudou Freire no embate) preferiram fazer de conta que não entenderam.

Pelos próximos três anos, se o Senado aprovar o projeto tal como está, o governo fica livre dessa discussão no Congresso. Uma graça o principal argumento do líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira: a medida elimina a "burocracia".

Eis, então, que temos o seguinte: os próprios parlamentares se consideram meros carimbadores das decisões do Planalto e veem o debate no Parlamento como um trâmite burocrático.

Por esse raciocínio, eliminar-se-iam quaisquer tramitações congressuais, deixando a decisão de legislar para o Executivo. Como ocorre nas ditaduras.


OPINIÃO DO BLOGUEIRO: Ouvir um congressista líder do partido do governo se auto intitular um burocrata faz a gente tremer, será que ele prefere desburocratizar as decisões do executivo fechando o congresso? É um tiro no pé no legislativo que acabou de ser renovado, só nos resta apelar para o STF impedir este expediente odioso que são os decretos leis, autorizado  por um legislativo fisiológico e subserviente.



Leia mais em Golpe de mão

Fidelidade PMDB = Cargos

Partido, que não teve nenhuma dissidência na votação do salário mínimo de R$ 545, aprovado na madrugada de ontem na Câmara, quer garantir diretorias na Caixa e no Banco do Brasil e ganhar postos de comando na Funasa, Petrobrás, Furnas e Itaipu

João Domingos e Eugênia Lopes, O Estado de S.Paulo

A fidelidade de toda a bancada do PMDB à presidente Dilma Rousseff na aprovação do salário mínimo de R$ 545 pela Câmara teve um preço.

O partido voltou a cobrar a nomeação de afilhados da legenda no segundo escalão do governo, principalmente aqueles que já estavam pré negociados, mas foram adiados pela presidente até a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado e da votação do salário mínimo.

O alvo prioritário do PMDB, agora, são os bancos oficiais.

A presidente Dilma Rousseff e o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) foram lembrados que o PMDB aguarda a nomeação do ex-ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) ou do ex-governador José Maranhão (Paraíba) para a diretoria de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal (CEF).

De acordo com informações de bastidores do governo, Palocci respondeu aos peemedebistas dizendo que o pleito será atendido nos próximos dias. Bastam alguns ajustes com a presidente, até porque o PMDB chega a ter até três candidatos para um único cargo, como é o caso dessa diretoria da Caixa.

O PMDB do Paraná corre por fora e tenta emplacar o nome do ex-deputado Rocha Loures (PR) para a mesma diretoria, de Loterias. Loures foi candidato a vice na chapa de Osmar Dias (PDT), derrotado pelo tucano Beto Richa na disputa pelo governo do Estado. Dias deve assumir uma diretoria da Itaipu Binacional.

Leia mais em PMDB mostra fatura por fidelidade a mínimo: cargos em bancos e estatais


OPINIÃO DO BLOGUEIRO: Este é só o início da conta que o velho PMDB vai cobrar pela sua fidelidade canina. (Os cães são fiéis, mas também mordem).



(Blog do Noblat)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pensão de governador começa a cair.

Relatora de ação no Supremo, Cármen Lúcia considera benefício de ex-chefes do Executivo do Pará inconstitucional e defende sua suspensão
Mariângela Gallucci, O Estado de S. Paulo
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu ontem a suspensão do pagamento de pensões a ex-governadores. Ao votar a favor de uma ação na qual a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contesta a concessão do benefício a ex-chefes do Executivo do Pará, a ministra concluiu que o pagamento é inconstitucional.
Após o voto de Cármen Lúcia, José Antonio Dias Toffoli pediu vista, adiando a conclusão do julgamento.
Apesar de o tribunal estar analisando apenas um pedido de liminar, que é uma decisão provisória, ministros deram sinais de que vão adiantar o mérito e, possivelmente, declarar inconstitucional o benefício. No caso do Pará, a pensão equivale ao salário de desembargador, que é de cerca de R$ 24 mil.

PMDB fidelidade canina ao Governo. A que preço?

Passava de uma da madrugada quando tocou o celular de Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara. Era Antônio Palocci.

“Henrique, meus respeitos e meus parabéns. O PMDB foi exemplar”, disse o chefão da Casa Civil da Presidência da República.
Auxiliado pelo vice-presidente Michel Temer, Henrique proveu ao governo, na votação do salário mínimo de R$ 545, uma unidade que o Planalto imaginava impossível.
Ainda eufórico por ter uniformizado no painel eletrônico da Câmara os 77 votos de sua bancada, Henrique falou ao blog. Vai abaixo a entrevista:

OPINIÃO DO BLOGUEIRO: Eu fico aqui pensando qual será a recompensa que virar com esta demonstração de força, união, fidelidade canina e pragmatismo extremado do PMDB para com o governo Dilma. A recompensa virar nos próximos diários oficiais da união.

Cuidado, jornalista: criticar pode dar cadeia

Blogueiro no Rio Grande do Norte sofre três condenações a prisão, por críticas a prefeita, numa história que é uma aula de Brasil. E continua na moda, pelo país afora, o uso do Judiciário como instrumento para constranger a liberdade de expressão


Sylvio Costa, Congresso em Foco

Pra entrar no clima, só abrindo com pontos de exclamação. Treze, pra afastar assombração. O velho Aurélio aqui ao lado, deliciosamente jurássico em suas amareladas páginas de papel, esclarece:

“exclamação. Ato de exclamar; voz, grito ou brado de prazer, alegria, raiva, tristeza, dor”

Tirando o prazer e a alegria, tudo a ver. Vontade de gritar. De tristeza, dor, raiva e, principalmente, de espanto. A história é uma aula de Brasil.

Você acha que é ofensa alguém dizer de uma autoridade pública, eleita pelo voto, que ela “paga o preço por seu despreparo”? Ou que anda “empazinada de ansiolíticos e com vida em boa parte reclusa”? E se, sem citar nomes, o sujeito fala que o “sumo pontífice e sacerdotisa da Seita Songamonguista do Reino Azul-turquesa” devem “ajustar seus rituais”? Ofensa?

A juíza Welma Maria Ferreira de Menezes, do Juizado Especial Criminal de Mossoró (Rio Grande do Norte), entendeu que as três afirmações eram ofensivas, sim. E, por causa delas, condenou a cadeia, em três processos diferentes, o blogueiro Carlos Santos, 47 anos de idade e 26 de atuação profissional como jornalista. As punições foram iguais: um mês e dez dias de detenção, em cada uma das ações penais, com permissão para cumprir a pena fazendo doações (no valor de R$ 2.040,00 por processo) a entidades filantrópicas.

Com cerca de 250 mil habitantes e uma das mais prósperas cidades do Nordeste, Mossoró é o segundo município do estado – só perde para Natal – em população e força econômica. Esta, derivada em especial do petróleo, da extração de sal, da produção de frutas, do comércio e do turismo.

Uma cidade situada a meia distância (entre 260 e 270 km) da capital potiguar e Fortaleza e que se orgulha de ter importantes edificações históricas e uma indústria de comunicação expressiva: quatro jornais locais, dez emissoras de rádio e duas de TV aberta.

Uma cidade que... vai que é tua, Brasil... é administrada há 63 anos pela mesma família. Desde 1948, portanto. A família Rosado, a mesma da prefeita Fátima Rosado (DEM) e do seu irmão e chefe de gabinete, Gustavo Rosado (PV).

E também da deputada federal Sandra Rosado (PSB), que lidera a oposição a Fátima. E, ainda, da governadora e ex-senadora Rosalba Ciarlini (DEM), que se elegeu prefeita em 2000 disputando contra a Fátima, mas a ela se aliou nas duas eleições seguintes (2004 e 2008), e a quem Carlos Santos exime de responsabilidade em relação ao calvário que enfrenta.

O chefe de gabinete, Fátima e seu marido, o médico e deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), elegeram Carlos Santos como alvo de nove interpelações e 27 ações judiciais (cíveis e criminais). Uma foi arquivada, as outras 26 estão em andamento.

Somente no dia 23 de abril do ano passado o trio deu entrada em 11 processos contra o jornalista blogueiro. Que é um fenômeno da internet local.

Embora precária, quase heroicamente, Carlos consegue sobreviver com a publicidade que seu blog amealha. E o faz por causa da boa audiência, superior à de qualquer portal mantido na internet pelos tradicionais grupos de comunicação de Mossoró.


Leia mais em Cuidado, jornalista: criticar pode dar cadeia

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Câmara aprova projeto do salário mínimo

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (16) o texto base do projeto de lei que estabelece a política de valorização do salário mínimo até 2015 e fixa R$ 545.


O valor, no entanto, ainda pode ser modificado, já que há previsão de votação de outras duas emendas: uma de R$ 600, do PSDB, e outra de R$ 560, do PDT.

A expectativa é de que os R$ 545 fossem mantidos.

De acordo com o governo, um total de 47,7 milhões de pessoas recebem o salário mínimo, entre trabalhadores formais e informais (29,1 milhões) e beneficiários da Previdência (18,6 milhões).

A proposta aprovada hoje estabelece a política do mínimo, com base na regra de aplicação da inflação mais o índice de crescimento da economia de dois anos antes.

Por essa regra, o Ministério da Fazenda prevê mínimo de R$ 616 em 2012. Desde o dia 1º de janeiro, o salário mínimo é de R$ 540 --no ano passado era R$ 510--, valor estipulado por medida provisória. O novo valor não retroage para janeiro.

O texto diz ainda que nos próximos anos, os valores serão determinados por decreto, sem passar pela análise do Congresso, ponto que foi criticado pela oposição.

O PDT foi o único dos partidos aliados que não defendeu formalmente os R$ 545, apesar de pressão do Planalto sobre o ministro Carlos Lupi (Trabalho), presidente licenciado da legenda. Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, é o principal articulador do valor de R$ 560.

Quem te viu, quem te vê.

Lula recebeu convite de um país europeu para dar uma palestra por US$ 100 mil dólares. Mas ele quer US$ 200 mil - o mesmo preço cobrado por palestra pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso faz palestras por US$ 100 mil.

OPINIÃO DO BLOGUEIRO: Cem mil dólares são cento e setenta mil reais, que por conseguinte são aproximadamente trezentos e doze salários mínimos já com o aumento defendido por Lula, e o ex- presidente só fará a tal palestra de duas horas de duração com hotel de luxo, translado e passagens na primeira classe  por aproximadamente seiscentos e vinte e quatro salários minimos. É , quem te viu e quem te vê.

Dilma passa ou não passa em seu primeiro teste?

Com a votação pela Câmara dos Deputados, prevista para hoje, do projeto de lei fixando em R$ 545 o valor do salário mínimo para 2011, decide-se uma questão crucial para o equilíbrio das contas públicas e para a credibilidade do ajuste fiscal anunciado na semana passada pelo governo Dilma, baseado no corte de gastos de R$ 50 bilhões.


A aprovação do projeto não garante, por si só, a execução do ajuste fiscal de Dilma, que continua na dependência da publicação, prevista para a próxima semana, do decreto de programação financeira para este ano. Só então será possível aferir o que e quanto o governo pretende cortar - depois, será necessário verificar se os cortes foram efetuados.

Mas, se o Congresso aprovar um salário mínimo maior do que o proposto pelo governo, o ajuste, por enquanto uma promessa, ficará ainda mais distante, o que gerará mais insegurança entre os agentes econômicos com relação ao comportamento da inflação nos próximos meses.

Qualquer mudança no valor do salário mínimo tem enorme impacto social, pois, segundo o governo, ele corresponde à remuneração de 29,1 milhões de trabalhadores formais e informais e ao valor dos benefícios previdenciários recebidos por outros 18,6 milhões de brasileiros (os dados são de 2009).

Por isso, o tema se presta à exploração desbragada por políticos, inclusive alguns que se apresentam como integrantes da base de apoio do governo, e dirigentes de centrais sindicais, que querem um valor maior. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), vinculada ao PT, defende um mínimo de R$ 560.

O deputado Paulo Pereira de Souza, o Paulinho da Força (PDT-SP), do mesmo partido do ministro do Trabalho, Carlos Lupi - um dos que assinaram a exposição de motivos do projeto do governo -, fala em R$ 580. Parlamentares do PSDB defenderam o mínimo de R$ 600.

Desde 2007, havia uma regra clara para o salário mínimo. A cada ano, o valor seria corrigido pela inflação do ano anterior acrescido do aumento do Produto Interno Bruto de dois anos antes (a defasagem se deve ao fato de o PIB de um ano só ser oficialmente divulgado em meados do ano seguinte).

Como, em 2009, o PIB encolheu, a correção do mínimo em 2011 seria menor do que a inflação, daí o governo Lula ter proposto seu valor em R$ 540. Ou seja, haveria perda real.

Pressionado por sindicalistas, o governo Dilma decidiu propor a correção pela inflação cheia, isto é, sem perda, mas também sem ganho real, daí a proposta de R$ 545.

Leia a íntegra do editorial em Primeiro teste para Dilma

Ditaduras nunca mais.

O desfecho provisório da crise política no Egito me trouxe à memória o atentado terrorista ocorrido em 6 de outubro de 1981 que fulminou o então presidente do país, Anuar Sadat, e abriu espaço para que o agora defenestrado Hosni Mubarak inaugurasse um califado de 30 anos.


Àquela época a esquerda brasileira era só contradição: vivia a expectativa da abertura política por aqui e amava apaixonadamente as ditaduras africanas e do Oriente Médio alinhadas à ex-União Soviética.

Tenho acompanhado com atenção os acontecimentos no mundo árabe desde os protestos na Tunísia e me impressiona o quanto são voláteis e muitas vezes equivocadas as previsões dos analistas sobre o ambiente político na região.

Quando foi deflagrada a crise tunisiana, o que mais se lia nas agências de notícias eram comentários de especialistas que o Egito estava a salvo da onda de protestos, pois o governo, dono do mais poderoso exército dos países árabes, era fator de estabilização das políticas norte-americanas no Oriente Médio e Mubarak seria o garante supremo de tal intento. A derrocada foi só questão limitada de tempo.

Há inúmeras dúvidas sobre o modelo de democracia que será implantado no Egito e o grande desafio será a realização de eleições limpas, coisa que eles desconhecem.

O que estará em jogo também são as reais intenções libertárias do governo de Barack Obama. Durante a crise política, o presidente americano se limitou a declarar platitudes e se mostrou sempre atrasado aos acontecimentos.

Vale lembrar a influência americana sobre o exército egípcio, que recebe por ano alguma coisa próxima de US$ 1,3 bilhão para gastar com equipamento bélico.

Leia a íntegra do artigo em Ditaduras nunca mais

Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM-GO)

A tão sonhada reforma política.

Há uma comissão no Senado, outra na Câmara, todos os partidos e políticos estão interessados em debater e até o vice-presidente da República rascunhou uma proposta para ser apresentada ao Congresso.


A reforma política está na ordem do dia. Se não ainda de direito, pelo menos de fato porque é só disso que se fala.

O problema é que ninguém sabe direito o que quer, para além dos respectivos interesses partidários. Sendo assim, sem querer ser desmancha-prazeres, o mais provável é que mais uma vez não se chegue a lugar algum.

Ou pior, que a exemplo de outras ocasiões em que se tentou fazer alterações, se façam mudanças cosméticas com o objetivo de mudar só o que mais desconforta suas excelências.

E, neste momento, o ponto em comum é a abertura da chamada "janela" na legislação de modo a permitir o troca-troca de legendas durante certo período e, assim, burlar a interpretação do Supremo Tribunal Federal à Constituição, de que os mandatos pertencem aos partidos e não aos eleitos.

Seria leviano e precipitado afirmar que esse debate todo esconde o desejo exclusivo de aprovar a "janela" até outubro, prazo final para alterações na legislação que presidirá as eleições municipais de outubro de 2012.

Não há razão para duvidar de que existam realmente outras e boas intenções nessa movimentação. Ocorre, porém, que falta organização e principalmente ainda está ausente da discussão o principal interessado: o eleitorado.

Como é bom ter amigo influente e ter PODER!

O empresário Alexandre Grendene, dono da indústria de calçados Gredene, confirmou nesta quarta-feira que o governador do Ceará Cid Gomes (PSB) viajou de férias para Miami, nos Estados Unidos, em seu jato particular no mês passado.

Ele disse que havia vaga e deu carona ao governador e sua mulher, Maria Célia Habib Moura. Ainda com a barba que deixou crescer durante as férias, Cid disse que não tem satisfação a dar sobre sua privacidade durante das férias, entre 19 e 29 de janeiro desse ano.

Com três fábricas no Ceará, a maior delas em Sobral, terra de Cid, a Grendene recebe incentivos fiscais do governo estadual e contibuiu com as duas campanhas eleitorais de Cid para o governo (2006 e 2010).

- Eu não vou fazer declarações sobre o período entre o dia 19 e 29 de janeiro em que eu estava licenciado do governo e tirei dez dias de férias. Não vou dizer o que eu fiz, o que eu não fiz porque isso é uma coisa particular. Eu estava de férias.

Durante a entrevista, o governador se recusou quatro vezes a confirmar se havia viajado no avião do empresário, dizendo que não falaria sobre hipóteses ou especulações da imprensa.

Também disse que não responderá ao requerimento do deputado estadual Heitor Férrer (PDT) - que irá a votação nessa quinta-feira na Assembleia Legislativa - pedindo informações sobre o assunto. Cid tem tem maiora na Casa e o requerimento nem deverá ser aprovado.

- Eu não vou responder sobre nada que diga respeito a minha vida pessoal.Sobre a minha privacidade eu não vou dar informação a deputado nenhum. Só faltava essa agora: um deputtado me perguntar o que é que eu faço no meu momento de privacidade. Não tenho satisfação a dar para ele sobre isso.

Quanto ao fato de ser um homem público, completou:

- Mas eu distingo muito bem as coisas: na hora que eu sair da minha função de governador e estiver no gozo daquilo que é um direito básico, que a pessoa quer tirar um dia de descanso. eu sinceramente acho que devo ter minha privacidade.

O empresário disse que não passou pela sua cabeça e nem na do governador de que teriam cometido alguma irregularidade.

- Eu não emprestei (o avião). Eu fui. É diferente. Qual o problema de eu dar uma carona? Eu ia para lá, tinha lugar e ele (Cid) é meu amigo há 20 anos, disse por telefone.

Também estavam no vôo o empresário cearense Júlio Ventura, e a cuidadora dos cachorros de estimação de Alexandre Grendene.

- Não viajo sem meus cachorrinhos (risos), disse.

Para Alexandre Grendene não é privilégio seu receber incentivos fiscais.

- Não é privilégio meu ter uma fábrica incentivada em Sobral. É uma opção. Qualquer brasileiro que queira botar uma fábrica lá, eles vão agradecer muito. As regras (do incentivo) estão na lei. Ao todo, a Grendene dá emprego a cerca de 40 mil pessoas no Ceará.

Um réu do mensalão no comando da comissão de Justiça da Câmara

João Paulo Cunha (PT-SP), um dos réus do processo do mensalão, vai comandar a comissão de Constituição e ‘Justiça’, a mais poderosa da Câmara.


Cunha disputava a cadeira com outro petista, Ricardo Berzoini. Nesta quarta (16), o líder do PT, Paulo Teixeira anunciou a celebração de um acordo.

Em jogo, um mandato de dois anos. Decidiu-se pelo rodízio: um ano para Cunha, outro para Berzoini.

A João Paulo Cunha coube exercer a presidência da comissão ao longo de 2011. Justamente o ano em que o Supremo julgará o caso do mensalão.

Assim, na hipótese de condenação, o presidente-réu da comissão de 'Justiça' se tornará, antes do Natal, um sentenciado do Poder Judiciário.

OPINIÃO DO BLOGUEIROSomente em um país em  que a corrupção capilarizou e banalizou-se de uma forma tão explícita pode permitir um absurdo desse, colocar um deputado com esta folha corrida para presidir a principal comissão da Câmara. Definitivamente nosso país não é sério.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Deputado que driblou o eleitor.

O deputado federal recém-empossado Romário (PSB-RJ) foi flagrado na tarde de quinta-feira, 3, por volta das 17h, jogando futevôlei na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O flagrante aconteceu enquanto ocorria a primeira sessão legislativa na Câmara dos Deputados.

A capa da edição desta sexta do jornal Extra traz a foto do jogador na praia e a manchete "Olé no Eleitor". Segundo o jornal, Romário foi ao Congresso nesta quinta, registrou sua presença às 10h17min e, logo depois, pegou o avião e foi para o Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o diário, a sessão começou às 14 horas e terminou às 18h40min. Como não era deliberativa - e não havia ordem do dia -, as ausências registradas não contaram para descontar os salários. A presença não era obrigatória. De acordo com a reportagem, foram apresentados pelos parlamentares presentes 170 projetos de lei, uma emenda constitucional, cinco projetos de resolução e três projetos de lei complementar.

No dia 1.º fevereiro, ao tomar posse como deputado, Romário chegou a declarar que "futevôlei é no Rio, no sábado e no domingo. Aqui em Brasília é trabalho". A determinação do novo deputado não durou dois dias.

Opinião do Blogueiro:

O eleitor Brasileiro precisa entender que ao eleger um Deputado, dará ao mesmo o poder de discutir e votar matérias que podem ajudá-lo ou até mesmo retirar direitos já adquirido.



Entendo que a eleição de figuras como Romário, Tiririca e outros famosos é uma espécie de voto de protesto, o que só piora a imagem da classe política, a qual o eleitor tanto critica.


Tendo em vista que, os recentes fatos provam que o tal voto de protesto só permitiu que um sujeito, no seu primeiro dia de trabalho, como representante de um povo de um grande País, não demonstrasse qualquer entusiasmo pela sua relevante função e que ainda gastasse o dinheiro do contribuinte em um rápido retorno de Brasília para o Rio de Janeiro afim de não perder uma partida de futevôlei.


Lembro que não podemos reclamar, afinal a escolha deste Deputado, lamentavelmente, se deu através de eleições livres e democráticas.