quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Empate no Supremo mantém Lei da Ficha Limpa em vigor, prevalecendo entendimento do TSE.

Após mais de seis horas de discussão e diante de um novo impasse, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira (27) que o empate sobre a validade da Lei da Ficha Limpa deve ser interpretado em favor da decisão questionada. Continua valendo, desse modo, o entendimento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que aplicou a norma para as eleições 2010.

Todos os ministros mantiveram os votos, e a análise sobre a aplicação da lei terminou novamente com um placar de 5 votos a 5. O plenário julgou recurso do candidato ao Senado Jader Barbalho (PMDB-PA), que foi definitivamente barrado por ter renunciado ao mandato em 2001.

Em debate acalorado, os ministros rejeitaram desempatar a questão com voto de qualidade do presidente da Corte, Cezar Peluso, ou esperar até que um novo ministro fosse nomeado para a vaga do aposentado Eros Grau.

Somente a discussão sobre o desempate durou mais de duas horas. A maioria, sete contra três, seguiu a proposta de Celso de Mello, de que o empate significa que prevalece a lei impugnada. Quatro ministros, no entanto, manifestaram preocupação com a solução encontrada

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Falta projetos das prefreituras cearenses para ajudar no combate a epidemia do crack.

O Governo Federal disponibilizou, no dia 23 de setembro, através da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), a abertura de vários editais voltados à ampliação dos serviços de atenção e a qualificação dos profissionais da rede. Entre as principais ações está a ampliação do número de leitos em comunidades terapêuticas, prazo que se encerra no dia 8 de novembro e, até agora, nenhuma das 184 prefeituras cearenses enviou projetos para a inscrição e participação no orçamento de R$ 140 milhões.

O aviso é do presidente do Conselho Estadual de Políticas Públicas Sobre Drogas, José Herman Normando Almeida. O órgão, vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), acompanha o envio dos projetos e alerta para a o término do prazo. Caso os municípios não façam a inscrição junto ao SENAD até a data prevista, instituições que desenvolvem ações de tratamento não serão beneficiadas. “Tem que acelerar o procedimento, porque se a prefeitura não fizer esse projeto, esse dinheiro vai ficar lá e não vem de forma nenhuma”, disse.

De acordo com o Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas (OBID), a previsão é que 2.500 leitos sejam implantados em comunidades terapêuticas, que constituem serviços de acolhimento, em regime de residência a pessoas com transtornos decorrentes do uso ou abuso de crack e outras drogas. A medida faz parte do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, que destinará no total R$ 410 milhões para ações de assistência social, saúde e repressão ao tráfico, entre outras.

Sobre o combate, Herman Normando ressaltou que o problema tem saída. “Tudo tem solução, a gente sabe isso. O que falta, estamos num período eleitoral, não podemos comentar muito, mas falta uma decisão política, porque há solução para tudo, inclusive para repressão, para o tratamento, para reinserção social, e também para a parte da prevenção”.

sábado, 23 de outubro de 2010

"Sou Ari Pargendler, presidente do STJ. Você está demitido!”Esta é a arrogancia e prepotência de um ser Superior.

A frase acima revela parte da humilhação vivida por um estagiário do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após um momento de fúria do presidente da Corte, Ari Pargendler.

O episódio foi registrado na 5a delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal às 21h05 de ontem, quinta-feira (20). O boletim de ocorrência (BO) que tem como motivo “injúria real”, recebeu o número 5019/10. Ele é assinado pelo delegado Laércio Rossetto.

O blog procurou o presidente do STJ, mas foi informado pela assessoria do Tribunal que ele estava no Rio Grande do Sul e que não seria possível entrevistá-lo por telefone.

O autor do BO e alvo da demissão: Marco Paulo dos Santos, 24 anos, até então estagiário do curso de administração na Coordenadoria de Pagamento do STJ.

O motivo da demissão?

Marco estava imediatamente atrás do presidente do Tribunal no momento em que o ministro usava um caixa rápido, localizado no interior da Corte.

A explosão do presidente do STJ ocorreu na tarde da última terça-feira (19) quando fazia uma transação em uma das máquinas do Banco do Brasil.

No mesmo momento, Marco se encaminhou a outro caixa – próximo de Pargendler – para depositar um cheque de uma colega de trabalho.

Ao ver uma mensagem de erro na tela da máquina, o estagiário foi informado por um funcionário da agência, que o único caixa disponível para depósito era exatamente o que o ministro estava usando.

Segundo Marco, ele deslocou-se até a linha marcada no chão, atrás do ministro, local indicado para o próximo cliente.

Incomodado com a proximidade de Marco, Pargendler teria disparado: “Você quer sair daqui porque estou fazendo uma transação pessoal.”

Marco: “Mas estou atrás da linha de espera”.

O ministro: “Sai daqui. Vai fazer o que você tem quer fazer em outro lugar”.

Marco tentou explicar ao ministro que o único caixa para depósito disponível era aquele e que por isso aguardaria no local.

Diante da resposta, Pargendler perdeu a calma e disse: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”.

Até o anúncio do ministro, Marco diz que não sabia quem ele era.

Fabiane Cadete, estudante do nono semestre de Direito do Instituto de Educação Superior de Brasília, uma das testemunhas citadas no boletim de ocorrência, confirmou ao blog o que Marco disse ter ouvido do ministro.

“Ele [Ari Pargendler] ficou olhando para o lado e para o outro e começou a gritar com o rapaz. Avançou sobre ele e puxou várias vezes o crachá que ele carregava no pescoço. E disse: “Você já era! Você já era! Você já era!”, conta Fabiane.

“Fiquei horrorizada. Foi uma violência gratuita”, acrescentou.

Segundo Fabiane, no momento em que o ministro partiu para cima de Marco disposto a arrancar seu crachá, ele não reagiu. “O menino ficou parado, não teve reação nenhuma”.

De acordo com colegas de trabalho de Marco, apenas uma hora depois do episódio, a carta de dispensa estava em cima da mesa do chefe do setor onde ele trabalhava.

Demitido, Marco ainda foi informado por funcionários da Seção de Movimentação de Pessoas do Tribunal, responsável pela contratação de estagiários, para ficar tranqüilo porque “nada constaria a respeito do ocorrido nos registros funcionais”.

O delegado Laercio Rossetto disse ao blog que o caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque a Polícia Civil não tem “competência legal” para investigar ocorrências que envolvam ministros sujeitos a foro privilegiado.”

Pargendler é presidente do STJ desde o último dia três de agosto. Tem 63 anos, é gaúcho de Passo Fundo e integra o tribunal desde 1995. Foi também ministro do Tribunal Superior Eleitoral.”

(Blog do Noblat)

Justiça autoriza a coligação de Serra fiscalizar pesquisa vox populi.

Por decisão do ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi deferido pedido feito pela coligação O Brasil Pode Mais, que apoia José Serra como candidato a presidente da República, para que a coligação possa fiscalizar pesquisa eleitoral do Instituto Vox Populi que apurou as intenções de votos dos eleitores no segundo turno da eleição presidencial. Os resultados da pesquisa do Vox Populi foram divulgados no dia 19 deste mês.

O ministro aprovou o pedido já que o acesso aos dados das pesquisas eleitorais é garantido pela Lei das Eleições (Lei 9.504/97) e no artigo 13 da Resolução 23.190, do TSE, que trata do assunto.

O artigo da resolução estabelece que “mediante requerimento ao Tribunal Superior Eleitoral competente, os partidos políticos poderão ter acesso ao sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados das entidades e das empresas que divulgaram pesquisas de opinião relativas aos candidatos e às eleições, incluídos os referentes à identificação dos entrevistadores e, por meio de escolha livre e aleatória de planilhas individuais, mapas ou equivalentes, confrontar e conferir os dados publicados, preservada a identidade dos entrevistados”.

Além desses dados, o interessado poderá ter acesso ao relatório entregue ao solicitante da pesquisa e ao modelo do questionário aplicado para facilitar a conferência das informações divulgadas

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dep. Neto Nunes tem candidatura liberada pelo TSE.

O pleno do Tribunal Superior Eleitoral decidiu agora há pouco em Brasilia, pela candidatura do deputado estadual Neto Nunes(PMDB).

A decisão pode alterar o quadro da Assembleia Legislativa do Ceara.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Presidente do PSDB diz que pesquisa Vox Populi "È sem vergonha"

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), questionou nesta terça-feira a pesquisa Vox Populi que aponta a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, com vantagem de 12 pontos sobre José Serra (PSDB). "É sem vergonha", disse Guerra a jornalistas, referindo-se à pesquisa.

Segundo o dirigente, o instituto Vox Populi vem errando suas previsões desde o primeiro turno. "O Vox Populi não acertou nada. Enganou os brasileiros. Procurou interferir na vontade deles. Se ficarmos calados diante de fatos como esses, quero dizer a vocês que a nossa democracia não está bem protegida", reiterou. Coordenador da campanha tucana, Guerra adiantou, no entanto, que a coligação que apoia Serra não vai ingressar com demandas na Justiça contra a pesquisa. Pelo Vox Populi, Dilma tem 51% das intenções de voto, contra 39% de Serra. Considerando apenas os votos válidos (sem nulos, brancos e indecisos), a petista tem 57%, contra 43% de Serra.

Guerra também não poupou de críticas o dirigente do Vox Populi, Marcos Coimbra. "A gente vai ganhar esta eleição. O Marcos Coimbra não vai eleger o presidente da República. Ele não é o povo, quem vai eleger o presidente da República é o povo brasileiro", disse, apontando que o instituto também faz pesquisas sob encomenda para o PT.

Procurado, o instituto Vox Populi não tinha um porta-voz disponível. Pesquisas divulgadas na semana passada também apontaram vantagem para Dilma, em patamar menor. O Sensus indicou os dois candidatos no limite do empate técnico, com Dilma aparecendo com 46,8% das intenções de voto, contra 42,7% de Serra. O Ibope trouxe placar de 49% a 43% e o Datafolha, de 47% a 41%.

PMDB reclama de respota de Dilma no JN.

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, durante entrevista ao Jornal Nacional nesta segunda-feira (18), falou sobre a participação do deputado federal Ciro Gomes na sua campanha. O apresentador do programa, William Bonner, citou declarações do ex-ministro contra o PMDB, à época pré-candidato pelo PSB.

Em resposta, Dilma falou sobre a relação com o parlamentar, mas não teria defendido o PMDB, denunciam os aliados. Segundo o colunista Lauro Jardim, do Radar Online, “antes de terminar o JN, o celular de Michel Temer, que a acompanhou no Rio de Janeiro, já tocava”. Os aliados ficaram insatisfeitos com o comportamento da petista.

A previsão da cúpula do PMDB é de clima de disputa entre o partido e o PT, caso Dilma vença na eleição presidencial. Quando o Congresso voltar, em novembro, peemedebistas apostam em aplicar “sustos” no governo.

sábado, 16 de outubro de 2010

Lula x Ricos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou na tarde deste sábado uma carreata com a presidenciável Dilma Rousseff (PT), em Belo Horizonte, dizendo, em um ato público, que os ricos agora têm "preconceito e medo" da presidenciável petista.

O que motivou a fala foi o fato de pessoas que moram nas casas de luxo do bairro Mangabeiras, na região sul, onde teve início a carreata, terem feito sinais de negativo com os polegares para Lula e Dilma, que passavam num Jipe aberto.

"Eu fico constrangido, porque aquelas pessoas ricas foram as que mais ganharam dinheiro no meu governo. O que aquelas pessoas não conseguiram foi superar o preconceito contra um metalúrgico ser presidente e fazer pelo Brasil o que eles não conseguiram fazer", disse Lula.

"Agora não é apenas preconceito, é preconceito e medo de ver uma mulher ganhar as eleições e fazer pelo Brasil mais do que eles fizeram", acrescentou o presidente.

Dirigindo-se a Dilma --que estava ao lado dele no alto do caminhão de som--, Lula disse que a candidata "viu a diferença da elite e do povo".

"É com esse povo que você vai ganhar as eleições", disse Lula na praça Sete, coração da capital mineira, em meio a um caos generalizado que virou o trânsito no centro.

Lula convocou a militância para ir às ruas todos os dias até as eleições, com bandeiras e camisetas. "A partir de agora não tem trégua."

O presidente também apelou para o fato de Dilma ser de BH e que ela é a oportunidade de Minas voltar ao Planalto ainda nesta eleição.

Quem venceu a disputa em BH no primeiro turno foi Marina Silva (PV), com 40% dos votos válidos. Dilma ficou em segundo lugar (31%). O PT escolheu SP e MG como locais de forte ação da campanha, por acreditar que a eleição pode se decidir nesses dois maiores colégios eleitorais.

O presidenciável tucano José Serra, que esteve em BH na última quinta-feira, conta com a ajuda do senador eleito Aécio Neves (PSDB) para vencer em Minas. Na ocasião, Serra disse que será "o mais mineiro dos paulistas".

Dilma, ao discursar, citou os mineiros Tancredo Neves, Juscelino Kubitschek e até Tiradentes, o mártir da Inconfidência Mineira, para dizer: "Eu vou honrar essa herança mineira que eu tenho".

Até o mineiro vice-presidente José Alencar, que tem feitos longos tratamentos de quimioterapia na sua luta contra o câncer, participou da carreata e do ato

Em defesa da vida.

Não se pode evitar que o tema aborto entre para o debate político, em face das circunstâncias e da provocação do discurso político. Primeiro porque do ponto de vista jurídico, o aborto é crime e também é contrário à Lei Divina, que traz no 5º mandamento: “Não matarás”. Trata-se, portanto, tanto do ponto de vista humano como do divino, de um tema que diz respeito ao maior de todos os direitos humanos: o direito à vida. Logo, não pode ser um assunto que se ignore ou que seja retirado da pauta do debate público, apenas por ameaçar interesses casuístas e circunstanciiais desse ou daquele grupo social.

Não é um tema de domínio exclusivo da religião. É um assunto que mexe com todos independentemente de crença, raça, classe social, porque afeta a pessoa, a família, a segurança, a saúde, o trabalho, a sociedade como um todo nas suas relações naturais. Se há hipócritas ou não que o pregam e o defendem, mas não o praticam, é problema da consciência de cada um. O próprio Jesus Cristo disse que não se preocupava com o que pensavam os homens a seu respeito, mas com o que pensava Deus.

A lei divina não se altera por causa dos conceitos, divergências ou preferências humanas. Ela não se adapta a conceitos decorrentes de ideologias políticas, do orgulho, nem das vaidades transitórias, porque ela é imutável e eterna. Se fosse mutável não seria uma lei divina. As leis dos homens é que devem se amoldar a ela, conforme as circunstâncias e os progressos das civilizações.

Temos visto defensores do aborto sugerindo-o como a grande saída no controle da concepção, como se a família fosse a grande responsável pela miséria. E pior ainda: que o aborto seria a solução para evitar essa tragédia sobretudo nas grandes famílias pobres. Ora, o planejamento da concepção deve atender aos princípios éticos e não pode minimizar a inteligência científica na conquista de recursos eficazes, mas que respeitem a vida.

A hipocrisia, nesse caso, está com os governos, com as autoridades quando afirmam que o aborto é um problema de saúde pública, quando é o contrário: o abortamento voluntário é fruto da falência do sistema de saúde pública, da educação, da cultura, da segurança, das leis e da política transformada em instrumento de mentira e corrupção. Não é justo negar a importância de um assunto tão sério e tão grave, que diz respeito à vida e as relações do homem com a criação e o Criador.

Wanderley Pereira,

Jornalista

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cinco partidos (PSDB,DEM,PR,PPS e PMN)apoiam Serra no Ceará.

Na tarde desta sexta-feira (15), cinco partidos (PPS, DEM, PR, PSDB e PMN) firmaram apoio ao presidenciável José Serra (PSDB), no Ceará. Representantes das siglas concederam entrevista à imprensa na Assembleia Legislativa para anunciar a divisão de tarefas, na reta final para o segundo turno, dia 31 de outubro.

Um das grandes novidades foi a adesão do PR, que no primeiro turno apoiou a presidenciável Dilma Rousseff (PT). De acordo com o presidente do partido, Lúcio Alcântara, na primeira fase das eleições ele havia assumido um compromisso com José Eduardo Dutra – presidente do PT. “Disse a ele que iria subir em quantos palanques fossem necessários, mas esperei até o último minuto e o apoio não chegou. Na política também é assim, as pessoas fazem as suas escolhas e agora fiz a minha também”, afirmou.

Lúcio Alcântara ainda falou que agora seguirá as orientações do presidente do PSDB, Marco Penaforte.

Divisão de tarefas
O deputado estadual Marcos Cals (PSDB) e o ex-governador Lúcio Alcântara (segundo e terceiro lugar na disputa ao Governo no primeiro turno) tem a função de conquistar votos para José Serra no interior do Estado.Os empresários Pedro Fiuza (PSDB) e Alexandre Pereira (PPS) centralizam esforços em Fortaleza. O prefeito de Maracanaú Roberto Pessoa (PR) e o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB) vão atuar na região metropolitana. O deputado estadual Osmar Baquiti (PSDB) ficará responsável pelo Sertão Central e o prefeito do Crato, Samuel Araripe (PSDB) pela região do Cariri.

Agenda de mobilização
No final da tarde desta sexta (15), militantes pró-Serra fazem panfletaço e corpo a corpo no Posto Guararapes, localizado na avenida Dom Luís. Neste sábado (16), todos vão a Canindé, a 110 quilômetros de Fortaleza, para recepcionar o presidenciável José Serra.

Leia mais:
Serra vem ao Ceará e participa de missa na Basílica de São Francisco em Canindé

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Lula no Piauí.

Maiá Menezes, O Globo

No discurso em que citou Deus pelo menos três vezes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que governar é como ser uma mãe. Segundo ele, "o filósofo" errou ao inventar a palavra governar porque a expressão certa é cuidar.

Sem citar o nome da candidata Dilma Rousseff (PT), durante o discurso no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, o presidente fez referências à onda de boatos que atingiu a campanha eleitoral nas últimas semanas. Lula voltou a citar que foi vítima de mentiras em todas as campanhas das quais participou:

- Eu tinha barba, e eles diziam que eu era comunista. Os mentirosos não tinham coragem de dizer que Jesus tinha barba, que Tiradentes tinha barba.

O presidente disse ainda que inúmeras vezes teve que responder sobre a bandeira vermelha, em referência à bandeira do PT, e sobre o aborto.

- As pessoas que são contra ficam jogando casca de banana.

Sem citar o nome de Fernando Henrique Cardoso, Lula afirmou que seu antecessor aprovou lei "proibindo o ensino técnico":

- Mudamos a lei porque eu queria que o filho do pobre tivesse a oportunidade que eu não tive.

Acendeu sinal de alerta na capanha de Dilma.

A redução da vantagem de Dilma Roussef sobre José Serra, apontada pelo Ibope na pesquisa desta quarta-feira, acendeu o sinal de alerta na campanha do PT. A preocupação é redobrada diante da observação do Ibope de que, mesmo com o placar de 53% para Dilma e 47% para Serra não é possível afirmar quem seria o vencedor caso as eleições fossem hoje.

Desde o momento em que a disputa foi para o segundo turno- e não liquidada no primeiro como indicavam as pesquisas – um debate interno se instalou no partido de Dilma. A principal reclamação foi a de que na campanha faltou o debate político e sobre marketing. O publicitário João Santana foi para a berlina, e passou a ser criticado até mesmo pelo presidente Lula – o responsável por sua indicação para comandar a campanha petista.

O PT tem algumas como preocupações neste momento como dosar três aspectos da campanha: a presença do presidente Lula nos programas eleitorais; o debate sobre o tema religião, aí incluído o debate sobre aborto e, por fim, a reação da candidata que surpreendeu no último debate ao partir para cima do oponente, José Serra.

– É como tempero na comida. Se for usado em excesso, desanda e se for pouco demais, fica insosso – disse um parlamentar.

Os petistas se esforçam para afirmar que continuam otimistas quanto à possibilidade de vitória de Dilma Rousseff, apesar de as pesquisas mostrarem que ela está perdendo pontos; e Serra, lentamente, ganhando novos eleitores. Mas, internamente, o ambiente é de preocupação. Um dos dados internos que preocupam os petistas é que as pesquisas mostram que 16% dos eleitores admitem que ainda podem mudar o voto – e se, neste momento, mudam saindo de Dilma, isso poderia ser um sinal preocupante para a pestista.

– A campanha está zerada política e eleitoralmente – reconheceu um petista, o que o comando da campanha não admite, neste momento.

(G1 Cristiana Lôbo)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eunício é um dos preferidos de Lula para presidir o Congresso. Será?

As apostas para quem irá presidir a Câmara dos Deputados e o Senado Federal já estão sendo feitas e conversadas nos bastidores de Brasília. O jornal Correio Braziliense estampou em suas páginas que essa negociação estaria sendo feita inclusive pelo próprio presidente Lula, que tem interesse em manter alguém de sua confiança no cargo. Como o PT deve apresentar um nome para a presidência da Câmara, ficaria com o PMDB a indicação para a presidência do Senado. Após expressiva votação no Ceará, Eunício Oliveira é um dos nomes defendidos pelo próprio presidente Lula a assumir a presidência. Confira a nota:

Correio Braziliense

Luiz Carlos Azedo

“Regra três

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já trabalha com a possibilidade de o senador José Sarney (PMDB-AP), por motivos de saúde, abrir mão da reeleição à Presidência do Senado. Com 19 senadores, o PMDB continua tendo a maior bancada e deve indicar o presidente da Casa. Dois nomes estão cotados na bancada, o senador maranhense Edison Lobão, que acaba de ser reeleito, e Eunício de Oliveira (CE), que é cristão novo no Senado.

DETALHE – Na computação final da apuração, Eunício Oliveira obteve mais votos do que o próprio governador Cid Gomes. Ele marcou cerca de 240 mil votos a mais. Isso, sem sombra de dúvida, o credencia também para 2014 no Ceara. Apostamos, com dados de hoje, na tese de que Eunício, entre negociações e conversas, acabará assumindo o comando nacional do PMDB.

(Foto – Agência)

Resposta de Ciro a Tasso.

Na política, não há espaço para mágoas”, afirmou o deputado federal Ciro Gomes (PSB), ao ser indagado sobre crítica do senador derrotado Tasso Jereissati (PSDB) de os Ferreira Gomes (Cid e Ciro) não são “nem a sombra dos jovens idealistas que coheci”. Essa declaração foi dada pelo tucano durante entrevista coletiva, em seu escritório político, na última segunda-feira, após avaliar as eleições e anunciar que estava abandonando a política.

Tasso, ao longo de 20 anos, implantou no Ceará o chamado “Projeto Mudancista”, a partir de 1986 e, nesse período, elegeu Ciro Gomes governador, tido como seu pupilo político, e, na disputa de 2006 endossou o irmão dele, Cid Gomes (PSB), para governador, em detrimento do então tucano Lúcio Alcântara, que postulava reeleição.

O parlamentar voltou a lamentar a derrota de Tasso, destacando que foi “uma perda política muito grave”, mas reiterou que política não deve ser feita com mágoas. Ciro lembrou que, em disputas passadas, Tasso apoiou FHC para presidente contra ele e nem por isso ele cultivou mágoas. Explicou que, como é da base aliada de Lula, teria que estar com Dilma.

Ciro não poupou novos elogios a Tasso, a quem qualificou como “um dos melhores quadros” e disse que preferia não apostar na fala do senador tucano de que estaria abandonando a política. “Ele é um dos grandes quadros da política brasileira. Ainda tem muita estrada pela frente”, acentuou, numa entrevista à TV Diário, em Brasília, após ter seu nome anunciado com coordenador da campanha dilmista no Nordeste. Dias antes, Ciro admitia tambem deixar o cenário político.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Os indeferidos mais votados.

O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) divulgou no fim da manhã desta segunda-feira (4) a votação dos candidatos que foram indeferidos, mas que apresentaram recurso. Eis a relação dos mais votados:

Governador: 21 – MARIA DA NATIVIDADE – 3.063 votos.

Senador: 432 – POLÔ – 76.030 votos; 210 – TARCISIO LEITÃO – 12.879 votos.

Deputado Federal: 1113 – EUGÊNIO RABELO – 82.028 votos; 4569 – MANOEL SALVIANO – 76.915 votos; 1331 – ILÁRIO MARQUES 58.156 votos; 2222 – ADLER GIRÃO – 30.875 votos; 3131 – JOCÉLIO VIANA – 12.411 votos; 1599 – JOSÉ GERARDO ARRUDA FILHO – 2.119 votos.

Deputado Estadual: 13200 – DEDÉ TEIXEIRA – 52.679 votos; 15555 – NETO NUNES – 45.843 votos; 17999 – PERBOYRE SILVA – 29.443 votos

Pesquisa de opinião para que serve?

A eleição de 2010 tem um grande derrotado, vença Serra ou Dilma: as pesquisas de opinião. E nem me refiro especialmente ao resultado, embora todos os institutos tenham errado: uns mais, outros menos. Refiro-me à derrota desse importante instrumento de avaliação da opinião pública. E isso só aconteceu porque o ambiente foi tomado por vigaristas e negociantes — que não vendem um serviço, mas um resultado. As pessoas sérias envolvidas com essa atividade deveriam evitar a defesa corporativa da “categoria”. Os que erram de boa-fé devem procurar afinar seus instrumentos. Os malandros continuarão a fazer malandragens; são pagos para isso. Por isso mesmo, os que procuram acertar — em vez de se acertar — devem evitar as más companhias.
Comecemos pelo óbvio: erraram, sim! Todos! Sem exceção! O Datafolha, mais perto da realidade, dava a Dilma 50% dos votos válidos no dia do pleito. Ela obteve 47,6% — fora da margem de erro. O Sensus via a candidata com 54,7% dos válidos. Para o Vox Populi, a petista estava 12 pontos à frente da soma dos adversários. No dia 29 de outubro, o Ibope atribuía a Dilma 55% dos votos válidos — 7,4 pontos a mais do que ela conseguiu. Os erros se repetiram em boa parte dos estados. Desse bola para os levantamentos, aquele que será, em números absolutos, o senador mais votado da história do Brasil —Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) — deveria ter entregado os pontos.

Vou insistir neste aspectos: embora o resultado não seja irrelevante, inaceitável mesmo foi o comportamento de alguns “responsáveis” (?) pelos institutos, que resolveram posar de analistas políticos e videntes. Não se contentavam em passar adiante números que, como vimos, se mostraram errados: também faziam perorações a respeito e expeliam sentenças definitivas.

O mais animado deles, sem dúvida, é Marcos Coimbra, o manda-chuva do Vox Populi, instituto que chegou a agonizar e que renasceu com força no petismo. Ele trabalha para e com o PT, embora suas pesquisas e ele próprio sejam vistos em certas áreas, só em certas áreas, como isentos. Coimbra é colunista de uma revista petista e escreve também no Correio Braziliense como “cientista político.”

(Blog do Reinaldo Azevedo – Veja Online)