O senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL), protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o deputado federal Ivan Valente (Psol) faça esclarecimentos a respeito de veiculações em redes sociais em que, além de chamar o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) de “corrupto”, faz referências ao caso das "rachadinhas", em que Flávio foi acusado de chefiar esquema criminoso na Assembleia Legislativa do Rio, de 2003 a 2018.
Na publicação que provocou a entrada do processo no Supremo, Ivan afirma que o Tribunal de Contas da União (TCU) investiga despesas irregulares que giram em torno de R$ 100 milhões no Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, sob influência do senador. "Quem compra mansão com rachadinha não tem limite algum! A familícia rouba muito", escreveu o deputado em seu perfil no Twitter.
No documento enviado ao STF, a defesa de Flávio declara que, por mais que a acusação feita pelo deputado não tenha sido caluniosa, o crime de difamação não deve ser deixado de ser considerado.
"Ainda que não se cuidasse da atribuição de um fato definido como crime, como ocorre na calúnia, a vinculação a fatos ofensivos à reputação do Senador arguente seria inevitável, eis que em nenhuma hipótese ele poderia receber a pecha de 'influenciar' em hospitais federais, onde quer que seja, de forma republicana ou regular", diz o pedido.
O ministro sorteado no STF para ser relator do caso foi Dias Toffoli. A ação, no entanto, deve ser enviada para o Ministério Público Federal (MPF). Ainda segundo apurado pelo Uol, o desdobramento do caso é incerto, pois o procurador-geral da República Augusto Aras e a vice-procuradora Lindôra Araújo são próximos da família de Bolsonaro e a tendência é de o STF seguir pareceres emitidos pela PGR.
Fonte: O Povo
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