quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Brasil pode presenciar prisão de ministro de tribunal superior, diz relator da CPI do Crime Organizado 



O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, senador Alessandro Vieira (MDB), afirmou que o Brasil está perto de testemunhar a prisão de um ministro de um tribunal superior.

“Esse é um país que já teve presidente preso, já teve ministro preso, senador preso, deputado preso, governador preso, prefeito, vereador, mas ainda não teve ministro de tribunais superiores. Me parece que esse momento se avizinha”, declarou o parlamentar durante uma sessão nesta terça-feira (9), que contou com a participação do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, atual ministro da Justiça.

Sem citar nomes, Alessandro Vieira criticou ministros que “acham normal pegar carona em jatinho pago pelo crime organizado”, fazendo referência indireta ao ministro José Antônio Dias Toffoli, que em novembro viajou a Lima, no Peru, em um jatinho do empresário Luiz Oswaldo Pastore, acompanhado do advogado Augusto de Arruda Botelho, defensor de Luiz Antônio Bull, diretor do Banco Master, preso na Operação Compliance Zero.

“O cara sabe que é crime organizado, entra no jatinho, vai para uma viagem paga pelo crime organizado, acessa um evento de luxo pago pelo crime organizado, se hospeda, come, bebe, pago pelo crime organizado, e retorna a Brasília para julgar na nossa Corte Superior”, disse.

Segundo o senador, o crime organizado está infiltrado nos três poderes. “Citei um exemplo da Suprema Corte, mas poderia usar um exemplo do Senado da República. Tem campanhas financiadas pelo crime organizado. O crime organizado não é o preto pobre armado na favela, isso é o sintoma. O crime organizado é aquilo que a gente vê aqui em Brasília infiltrado em gabinetes, escritórios e várias atuações".


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