Plano de saúde do Congresso custou mais de R$ 100 milhões ao bolso dos brasileiros
Mais de R$ 100 milhões em reembolsos médicos para deputados e senadores: sem limite, sem restrição e com acesso a hospitais de elite
Entre fevereiro de 2019 e abril de 2025, deputados e senadores brasileiros acumularam R$ 100,5 milhões em reembolsos médicos pagos com dinheiro público.
O volume foi dividido da seguinte forma:
-Câmara dos Deputados: R$ 39,7 milhões reembolsados para 584 deputados.
-Senado Federal: R$ 60,8 milhões em reembolsos no mesmo período.
O plano de saúde dos parlamentares cobre hospitais de referência, como Sírio-Libanês, Albert Einstein, Rede D’Or e DF Star — hospitais privados que figuram entre os mais caros do país.
Na Câmara:
-Cada nota fiscal pode chegar a R$ 135,4 mil.
-Esse teto foi reajustado em 170% desde 2021, enquanto a inflação oficial no período foi de cerca de 32%.
-Não existe limite de quantidade de solicitações.
No Senado:
-Reembolsos podem chegar a 20 vezes o valor da tabela oficial de serviços médicos.
-Não há coparticipação e também não há limite de uso.
Tanto a Câmara quanto o Senado alegam sigilo médico e não divulgam informações sobre quais procedimentos foram realizados, quais hospitais foram utilizados ou quais parlamentares se beneficiaram.
O levantamento indica que, enquanto parte da população enfrenta filas e restrição de atendimento no SUS, parlamentares têm direito a reembolsos médicos ilimitados, com ampla cobertura e liberdade de solicitação.
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