Governo
cria órgão para fiscalizar Bolsa Família e combater fraudes
A criação da rede atende a norma prevista na lei 14.601, de junho, que
recriou o Bolsa Família, definiu os novos parâmetros do programa e determinou
pagamento mínimo de R$ 600 por família atendida, além de adicionais conforme a
composição familiar. O programa completou 20 anos em outubro.
Segundo decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
a Rede de Fiscalização será composta por quatro representantes do Ministério do
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, um da AGU
(Advocacia-Geral da União), um da CGU (Controladoria-Geral da União), um do
Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e um da
Secretaria-Geral da Presidência da República.
Reuniões deverão ser realizadas a cada três meses e o grupo precisará
apresentar um plano anual de atuação. Os relatórios de trabalho serão
semestrais. Há a possibilidade de fechar parcerias para o andamento dos
trabalhados, desde que não haja custo para o governo.
Desde o início do ano, a União tem fechado o cerco contra possíveis
fraudes no benefício. O motivo foi o crescimento do total de famílias de uma só
pessoa que passaram a receber o Bolsa Família a partir de julho de 2022, quando
o então presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou a reeleição.
O número chegou a 5 milhões de famílias unipessoais. Em abril, foram
bloqueados 1,2 milhão de benefícios por cadastro desatualizado. A atualização
do CadÚnico deve ser feita a cada dois anos.
Os dados mais recentes, de outubro, apontam desligamento de 297,4 mil famílias
do Bolsa Família somente no mês passado. O motivo é que não atendem às regras
para o pagamento da renda assistencial.
Além disso, famílias com parcelas desbloqueadas porque precisavam
atualizar o cadastro não terão mais de ir a uma agência da Caixa para sacar os
valores acumulados. Eles serão creditados automaticamente na conta bancária do
benefício. Serão liberadas 700 mil parcelas retroativas.
No mês de outubro, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome, 21,45 milhões de famílias
receberam o benefício, com um pagamento total de R$ 14,58 bilhões.
O número de beneficiários se manteve estável ante setembro, quando foram
contempladas 21,47 milhões. Também foi implantado o BNV (Benefício Variável
Familiar Nutriz), destinado a 287 mil bebês de zero a seis meses em 283 mil
famílias. O gasto total é de R$ 13,9 milhões com foco nas mães que amamentam.
Em novembro, o calendário de pagamento do Bolsa Família começa no dia 17
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