sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

 Fortaleza dos grandes eventos: qual o impacto na cidade e por que não é só sobre turismo

Especialista dimensiona tradição festeira da Capital e de que forma a Cultura é vetor de transformação em amplos setores da sociedade, da infraestrutura urbana à geração de empregos

Com três dias de festa e atrações de alcance nacional, o Réveillon 2024 é o mais novo marco da história recente de Fortaleza. Anunciado como “o maior réveillon do Brasil”, cumpriu as expectativas. Milhares de pessoas lotaram o Aterro da Praia de Iracema, entre nativos e turistas, com efeitos positivos na economia e na projeção da Capital.

É mais que o recorte de um período, contudo. Diz respeito principalmente a como o setor cultural é capaz de não apenas gerar entretenimento, mas também injetar dinheiro na economia local. O resultado são mudanças expressivas no panorama da metrópole, contribuindo para que a própria população tire proveito de benefícios ao longo do ano.

A impressão é de Milena Auip, turismóloga e professora. Coordenadora dos cursos de Marketing, Marketing Digital e Gestão Comercial da Universidade de Fortaleza (Unifor), ela observa uma grande transformação no cenário geral, a começar pelos donos da casa: hoje, os próprios fortalezenses já participam da festa, em contraposição a anos anteriores.

“Esse fato posicionou Fortaleza como uma das principais cidades do país para passar a data”, pontua. “O Réveillon começou principalmente dentro de clubes e hotéis e, já assim, era grande, trazíamos uma quantidade boa de turistas. Com o Réveillon público, a coisa se tornou ainda mais importante para a cidade”.

As consequências são múltiplas e satisfatórias: geração de renda, empregos temporários, maior movimento de pessoas nos diferentes pontos da Capital, entre outros. Para Milena, do ambulante ao dono de pousada, todo mundo ganha. Um bônus que também acompanha outras áreas, de envergadura ainda mais fundamental.

Quem ganha é a população inteira. A própria infraestrutura da cidade melhora no quesito de pavimentação de ruas e avenidas, limpeza, chegando na saúde, uma vez que é preciso mais instalações – UPAs, hospitais, médicos. Logo, quanto mais eventos, quanto mais gente circulando na Capital, melhor para a infraestrutura urbana”.

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