sexta-feira, 6 de outubro de 2023

 

Partidos com ministérios ignoram fidelidade e adiam votação de offshores



O governo Lula (PT) terá que esperar cerca de três semanas para tentar novamente votar o projeto de lei para tributar as offshores —empresas localizadas em paraísos fiscais— e os fundos dos super-ricos. Isso porque os líderes de partidos, incluindo os que têm ministérios na Esplanada, pediram mais tempo para analisar o texto. 

O que aconteceu

Na reunião de líderes para discutir se o projeto seria votado, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), expôs seu desejo de votar a proposta nesta semana e evitar comentários de que a votação teria emperrado devido às negociações sobre o comando da Caixa Econômica Federal…

 

Venceu, no entanto, o entendimento da maioria dos líderes que justificaram com "falta de tempo" para analisar o tema.

 

Nos bastidores, lideranças dizem que as bancadas estão insatisfeitas com o governo pela demora com o pagamento das emendas e a distribuição de cargos. Há também uma ideia de não entregar a proposta, de tema bastante delicado, muito rápido ao governo.

 

A decisão de postergar a votação foi apoiada, sobretudo, pelos partidos que ganharam comandos de ministérios, como PP (Esportes), Republicanos (Portos e Aeroportos) e União Brasil (Turismo e Comunicações).Agora…

 

Agora, a expectativa é que o texto seja votado no dia 24 de outubro, após o retorno de Lira da missão na Índia e na China.

 

Nos próximos dias, as atividades da Câmara terão um ritmo mais tranquilo por conta do feriado de Nossa Senhora Aparecida e porque o projeto das offshores trava a pauta do plenário a partir do dia 14, quando só poderão ser votados requerimentos de urgência e PECs (proposta de emenda à Constituição).

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