Partidos com ministérios ignoram fidelidade e adiam votação de offshores…
O governo Lula (PT) terá que esperar cerca de três semanas para tentar novamente votar o projeto de lei para tributar as offshores —empresas localizadas em paraísos fiscais— e os fundos dos super-ricos. Isso porque os líderes de partidos, incluindo os que têm ministérios na Esplanada, pediram mais tempo para analisar o texto.
O que
aconteceu
Na reunião
de líderes para discutir se o projeto seria votado, o presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), expôs seu desejo de votar a proposta nesta semana e evitar
comentários de que a votação teria emperrado devido às negociações sobre o
comando da Caixa Econômica Federal…
Venceu, no entanto, o entendimento da maioria dos
líderes que justificaram com "falta de tempo" para analisar o tema.
Nos bastidores, lideranças dizem que as bancadas
estão insatisfeitas com o governo pela demora com o pagamento das emendas e a
distribuição de cargos. Há também uma ideia de não entregar a proposta, de tema
bastante delicado, muito rápido ao governo.
A decisão de postergar a votação foi apoiada,
sobretudo, pelos partidos que ganharam comandos de ministérios, como PP
(Esportes), Republicanos (Portos e Aeroportos) e União Brasil (Turismo e
Comunicações).Agora…
Agora, a expectativa é que o texto seja votado no
dia 24 de outubro, após o retorno de Lira da missão na Índia e na China.
Nos próximos dias, as atividades da Câmara terão um
ritmo mais tranquilo por conta do feriado de Nossa Senhora Aparecida e porque o
projeto das offshores trava a pauta do plenário a partir do dia 14, quando só
poderão ser votados requerimentos de urgência e PECs (proposta de emenda à
Constituição).
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