segunda-feira, 9 de outubro de 2023

 

Bloqueio a Gaza leva hospitais ao colapso e aumento de mortos, diz entidade

 

Após Israel aprofundar o cerco a Gaza, como resposta pelas centenas de mortes deixadas pelos ataques do grupo Hamas, médicos e organizações de saúde no território palestino apelam à comunidade internacional para que pressione o governo de Benjamin Netanyahu a deixar passar medicamentos e combustíveis. Alertam para uma catástrofe humanitária sem precedentes.

 

Israel vem bombardeando Gaza e os moradores esperam uma nova invasão pelo exército a qualquer momento — cerca de 100 mil soldados israelenses foram reunidos na região. Enquanto isso, um bloqueio de produtos e de energia foi instituído, o que afeta o Hamas, mas principalmente civis.

 

Haneen Wishah, uma das coordenadoras da Al Awda, organização que administra hospitais e serviços de emergência para feridos em Gaza, deu uma entrevista por telefone à coluna na manhã desta segunda (9). Ela conta que há pouco tempo para evitar um colapso no atendimento

 

"A saúde nunca foi simples porque estamos sob um cerco israelense que já dura 17 anos, com ataques periódicos. Agora, tudo está piorando", diz. Segundo ela, civis estão chegando feridos dos bombardeios, mas a estrutura, que já era insuficiente, irá ficar praticamente paralisada.

 

A coluna conversou rapidamente com um médico, que pediu para não ser identificado. Ele estava correndo entre pacientes que chegavam de escombros em um hospital. Questionado quando ele poderia atender com mais calma, disse que tal situação, infelizmente, não ocorrerá tão cedo.

 

O governo Netanyahu também interrompeu o fornecimento de energia a Gaza. Haneen afirma que, com isso, sobrou uma usina solar em funcionamento — além de geradores a combustível. "Temos quatro horas de energia por dia, por enquanto. Isso dificulta a realização de cirurgias, que são extremamente necessárias agora."

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