Bloqueio a Gaza leva hospitais ao colapso e aumento de mortos, diz
entidade
Após Israel
aprofundar o cerco a Gaza, como resposta pelas centenas de mortes deixadas
pelos ataques do grupo Hamas, médicos e organizações de saúde no território
palestino apelam à comunidade internacional para que pressione o governo de
Benjamin Netanyahu a deixar passar medicamentos e combustíveis. Alertam para
uma catástrofe humanitária sem precedentes.
Israel vem
bombardeando Gaza e os moradores esperam uma nova invasão pelo exército a
qualquer momento — cerca de 100 mil soldados israelenses foram reunidos na
região. Enquanto isso, um bloqueio de produtos e de energia foi instituído, o
que afeta o Hamas, mas principalmente civis.
Haneen Wishah,
uma das coordenadoras da Al Awda, organização que administra hospitais e
serviços de emergência para feridos em Gaza, deu uma entrevista por telefone à
coluna na manhã desta segunda (9). Ela conta que há pouco tempo para evitar um
colapso no atendimento
"A saúde
nunca foi simples porque estamos sob um cerco israelense que já dura 17 anos,
com ataques periódicos. Agora, tudo está piorando", diz. Segundo ela,
civis estão chegando feridos dos bombardeios, mas a estrutura, que já era
insuficiente, irá ficar praticamente paralisada.
A coluna
conversou rapidamente com um médico, que pediu para não ser identificado. Ele
estava correndo entre pacientes que chegavam de escombros em um hospital.
Questionado quando ele poderia atender com mais calma, disse que tal situação,
infelizmente, não ocorrerá tão cedo.
O governo
Netanyahu também interrompeu o fornecimento de energia a Gaza. Haneen afirma
que, com isso, sobrou uma usina solar em funcionamento — além de geradores a
combustível. "Temos quatro horas de energia por dia, por enquanto. Isso
dificulta a realização de cirurgias, que são extremamente necessárias
agora."
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