Sem precisar gastar a sola do sapato, o ex-presidente Lula tem feito um verdadeiro "arrastão" quando o assunto é acordo político pelo Nordeste. Com exceção do PL, de Jair Bolsonaro, as composições têm acontecido sem vetos, diretamente das reuniões em São Paulo.
Desde janeiro, o pré-candidato à presidência da República pelo PT já teve encontro com sete dos oito governadores da região, com exceção do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e da Paraíba, João Azevedo (Cidadania).
Alta popularidade na região e capacidade de articulação do petista têm sido elementos fundamentais para o avanço das negociações para garantir palanque nos estados onde, historicamente, teve vitória eleitoral.
Além do campo da esquerda e de ex-adversários locais, os principais alvos do petista são nomes vinculados ao chamado Centrão e legendas da base aliada do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.
Para a professora de Teoria Política da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Monalisa Torres, esses acordos acontecem como forma de antecipar uma possível aliança não apenas para o processo eleitoral, mas também pensando na governabilidade em caso de vitória do PT em outubro.
GARANTIR PALANQUES NA DISPUTA
O avanço de Lula nas interlocuções ganhou força na última semana de janeiro e na primeira de feveiro, quando teve uma sucessão de encontro com nomes importantes, como os governadores Paulo Câmara, Renan Filho e Flávio Dino.
Os encontros antecederam nova investida da oposição no Nordeste, principalmente de Jair Bolsonaro. Em eterno embate com os governadores nordestinos, o presidente tem dificuldades em montar palanques competitivos para disputar a reeleição
Fonte: Diário do Nordeste
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